terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O que eu vejo...

No barco eu vejo alguém livre, sem destino certo, sem algemas, esperançoso de chegar a um lugar que lhe dê conforto. Alguém que não quer estar preso a um cais ou uma ilha. Alguém que não quer ficar acomodado.
Na ilha eu vejo alguém que vai ficar pra atrás, sem perspectiva de mudança, que vai chorar. Vai sentir que o vento não mais trará àquele barco para próximo de si. Vai chorar. Vai ficar na solidão do mundo que criou, como um pergaminho preso a uma garrafa. Vai chorar.
Apesar disso, há uma imagem que se forma no delinear da ilha em junção com o céu, o vento e o mar, mostrando claramente a assombração a qual ele estará confinado ao longo de sua triste vida. Ele está em uma ilha. O mar está agitado. Ele não sabe nadar,,, e talvez não queira aprender.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Discutindo Comentários

Bom esse post é mais para responder ao belo comentário do nosso amigo Diego no post anterior, pensei em responder diretamente a ele, mas ai não estaria fazendo valer a finalidade deste blog. Como já mencionamos anteriormente o blog Barco à Vela tem a intenção de discutir assuntos variados sobre todo e qualquer tema, preferencialmente com conteúdo visionário.
Bom o Diego perguntou em seu comentário se minha pergunta sobre a imagem do cabeçalho seria oque te lembra ou oque você entende.
Realmente a pergunta é oque você LEMBRA ao ver a imagem.
Gostaria de saber até onde vai à visão de cada um, se só perceberão oque esta dentro daquele quadro de dimensões 400 x 320, ou conseguirão enxergar além do que o pincel pôde pintar e sentir o mundo que se pode criar, além do que a retina capta à primeira vista. Mas sim, é o que cada um lembra, isso mostrará no que atualmente cada um anda pensando. Aproveitando, gostaria de dizer que nesta imagem a muito mais do que as rochas, o mar, as nuvens, o rapaz e o barco, a outra figura digamos que subdesenhada, vamos ver se alguém consegue nos dizer qual é.

Voltando ao comentário do Diego, achei interessante as colocações do nosso amigo, algumas foram:

1) Um indivíduo olhando um barco se afastando.Ele foi abandonado, deixado de lado, esquecido, e o vento só ajuda o barco a manter um rumo.O que o indivíduo sente?2) Um indivíduo solitário, esperançoso, vê sua salvação chegando de barco, mas o barco não vem em sua direção. Por que o vento não pára?3) O barco sai com um rumo, deixando o indivíduo à espera, mas será que o barco vai voltar.Por que o barco não o levou junto?4) Pegando a parte do texto "...Barco à Vela em busca de um novo caminho para sua vida..." e juntando com a idéia sobreposta com a imagem, é necessário abandonar(deixar de lado) alguém para seguir um novo caminho?Abandonar uma pessoa não é uma atitude correta a se tomar, mas isso depende, a pessoa era parte da tripulação?Mereceu o abandono?


Claro que nossas interpretações irão sempre ser influenciadas pelo momento em que estamos vivendo, pelos pensamentos que enchem nossas mentes.
Para algumas pessoas a imagem irá trazer a idéia de que o rapaz nas rochas foi deixado pra trás, que o barco o abandonou, quem tiver essa visão inicialmente não deve estar feliz completamente afinal.
Para outros a idéia pode ser de que o rapaz quis assim, já que ali, diante do mar e do céu limpo forrado apenas por puras nuvens, ele tem paz. Essa pessoa estaria em um bom momento de sua vida, em alívio consigo mesma.

Vejamos como então eu estaria e o que vejo, respondendo sobre o item 4 do comentário do Diego, apenas diria que sim, muitas vezes é preciso deixar algumas pessoas, abrir mão de algumas coisas para formar ações no futuro. Não deixar alguém de lado, abandonar, não acho que a definição seja essa, mas saber ver e aceitar quando pessoas já não se encaixam mais umas com as outras, mesmo que só um pense assim, as peças já não irão se encaixar, não vale então, se prender a algo que se vê, não teria futuro. Quando o barco ainda está construindo sua rota não há como montar definitivamente sua tripulação, por tanto se o barco seguiu em busca de sonhos que são apenas seus, talvez oque tenha buscado foi deixar que o outro também fizesse suas próprias escolhas, sem ter que ficar dependente do barco. Separados talvez eles possam mais.



Daniela Moreira

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Arquitetando um Barco à Vela

Bom, realmente a idéia de utilizar novos meios de expressão através da arte tem nos empolgado bastante.
Atualmente nossa banda, de grandes amigos, tem pensado em não só trabalhar com música, mas também com clipes, curtas, enfim, filmagens.
E foi muito interessante como a produção desta canção, ainda em construção, abriu janelas para grandes e variadas interpretações, a ponto de fazer com que nós, integrantes da banda Sigma viéssemos a criar um blog e tentar recolher idéias diversas sobre a interpretação de um número maior de pessoas.
Outro fato interessante foi de que eu, Dani, e o guitarrista Emerson, que escreveu o post anterior, no inicio da produção da letra levamos o sentido da história para caminhos bem diferentes, e foram essas diferenças que fizeram com que o restante da letra fosse arquitetada. Um sentido peculiar foi dado por nós a cada frase, a cada trecho, fazendo com que essa canção se tornasse especial.

Espero que ela proporcione a todos o mesmo sentido que teve a nós.
Logo a letra estará aqui.
Por enquanto, que a imagem no cabeçalho, do Barco à Vela em busca de um novo caminho para sua vida, instigue a criatividade de todos.

Para iniciar as trocas de idéias, faço uma pergunta:

A você, o que lembra a imagem do cabeçalho deste blog?



Daniela Moreira.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Por que um barco à vela?

Este blog nasce com a intenção de discutir assuntos aleatórios, mas com conteúdo visionário. Temos o objetivo de utilizar o que for dito aqui para nossas produções artísticas, como por exemplo: letras para músicas, clipes, curtas-metragens... .
Somos de uma banda de rock da cidade de Pelotas chamada Sigma, e na verdade, nos tornamos uma banda de ensaios, pois, de todos os componentes, apenas eu, não tenho uma outra banda. A prioridade dos que pertencem à nossa banda são as outras bandas, e isso torna a coisa engraçada, pois mesmo que a gente não toque junto por aí, estamos sempre nos reunindo. Nossos componentes atuais são: Eu(Emerson), Daniela, Roger, Eddy, Welhinton. E ainda temos os amigos de reunião, que certamente irão se manifestar aqui no blog.
Ontem, em mais uma de nossas reuniões de ensaio, durante um debate sobre uma letra de uma nova canção, foi, mais uma vez, um momento de reflexão árdua. Conversávamos sobre as diversas formas de interpretar o que havia sido dito em tal letra. O álcool, em pouca quantidade, não pôde nos ajudar a "viajar" ainda mais. Mas, mesmo assim, coisas muito interessantes foram ditas, a ponto de quase chegarmos a um consenso sobre o significado do texto que havíamos escrito, e que por sinal, ainda estava em vias de acabamento. E foi então, de uma frase que explicava um refrão, que surgiu o título deste blog. Mais tarde vou postar a letra, para que possamos então fazer análises com um grupo maior de pessoas, e que, certamente, nos darão idéias e interpretações sobre o que, mesmo tendo sido escrito por nós, não sabemos interpretar.